No primeiro dia de atividades em São Paulo, o goleiro gremista falou. Voluntário nos resgates no Rio Grande Sul, Caique contou como foram os dias de ajuda nos barcos ao lado de amigos. Jogador de futebol, o atleta disse ter atuado como ser humano na situação.
"Cara, a gente vinha de uma sequência de jogos fora, quase uma semana fora do Rio Grande do Sul. No dia 1º a gente chegou no Rio Grande do Sul, dia 2 a gente treinou e a partir do dia 3 a gente começou a viver uma catástrofe enorme que o Rio Grande do Sul passou e está passando ainda. (…) Cara, e foi um momento muito complicado, sabe? Pra gente ser humano, a gente não tá falando como atleta, a gente não agiu como atleta, agiu como ser humano. E eu vivi esses momentos de ajuda, né? As pessoas que estavam precisando. Um momento muito triste porque a gente não imaginava como estava a situação.", disse o goleiro gremista.
Como foi a reunião de Grêmio, Inter e o Ministro Paulo Pimenta?
Dormindo 5 horas por noite, o jogador revelou momentos tristes que viveu ajudando as pessoas na enchente que se tornou a maior da história do estado.
"Então foram três dias muito intensos. Muitas cenas doloridas, né? Pra mim, principalmente, assim, vendo o sofrimento daquele povo, né? Criança chorando, idosos, pessoas que, cara, teve um sonho acabado, sabe? A gente pegou um senhor que ele foi contando que tinha acabado de reformar a casa dele, e quando a gente foi com ele, pegou os documentos, ele começou a entrar em desespero, né? Porque viu a casa dele daquele jeito, e pra mim machucou muito, sabe? Vendo crianças chorando, saindo pelas janelas de suas casas, pessoas em cima de telhado, pessoas gritando, pedindo socorro. E isso doeu, cara.", revelou Caique, do Grêmio.